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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Alta no preço dos imóveis novos desacelera em São Paulo

MARIANA SALLOWICZ
DE SÃO PAULO
Folha de São Paulo

Após forte alta em 2011, os preços dos imóveis novos na capital paulista estão desacelerando. O valor do metro quadrado subiu 6,3% entre janeiro e maio, ante crescimento de 10% no mesmo período do ano anterior.

A previsão do setor é encerrar o ano com elevação entre 10% e 15%, segundo dados do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), bem abaixo dos 26% de 2011.

Segundo especialistas, apesar de estar crescendo em menor velocidade, a alta é significativa, uma vez que os preços já estão em patamar elevado.

"A economia está desacelerando e o governo vem revisando as previsões para o PIB [Produto Interno Bruto]. Apesar disso, a alta dos imóveis chegou a 6,3% neste ano", afirma Emílio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP.

Um dos principais fatores de pressão no custo é a escassez de terrenos que servem para incorporação.

"É cada vez menor o número de terrenos com possibilidades de construção." Para minimizar o problema, Kallas diz que seria necessária a revisão do Plano Diretor de São Paulo, de 2002.

A revisão prevê mudanças nas diretrizes para o ordenamento da cidade, como as regras do uso do solo.

"Além disso, a burocracia nos processos de licenciamento dos projetos resulta em maior custo dos empreendimentos, que é repassado para o consumidor." O prazo para aprovação de um projeto chega a quatro anos.

LANÇAMENTOS

A redução na oferta de imóveis também poderá pressionar os preços neste ano.
Os lançamentos de unidades residenciais na capital paulista recuaram 31,4% nos primeiros cinco meses do ano ante o mesmo período de 2011 e atingiram o menor resultado entre janeiro e maio desde 2009, auge da crise internacional.

Ao mesmo tempo, as vendas de unidades novas tiveram alta de 13,1% no período, segundo dados do Secovi-SP.

Para Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção da Fundação Getulio Vargas (FGV), o mercado passa por um momento de ajuste.

"Houve formação de estoque durante o ano passado como resultado das vendas fracas. As empresas agora estão reduzindo os lançamentos como forma de equilibrar a oferta."

Eliane Monetti, professora da Universidade de São Paulo (USP), destaca ainda que as construtoras reduziram o ritmo após dificuldades para entregar empreendimentos dentro do prazo nos últimos anos.

O crescimento dos negócios também é resultado de uma base de comparação mais fraca: as vendas em 2011 na comparação com 2010 recuaram 21% e chegaram no menor nível desde 2005.

A pesquisa mostra ainda que o VGV (Valor Global de Vendas) ficou em R$ 5,08 bilhões até maio, valor que corresponde a aumento de 6% sobre o resultado dos cinco primeiros meses de 2011.

Editoria de Arte/Folhapress

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