São Paulo recebe 43% mais imóveis no primeiro trimestre
Depois de pisar no freio em 2012, o mercado de lançamentos da capital paulista surpreendeu no primeiro trimestre deste ano. Foram lançadas na cidade 5.321 unidades residenciais de janeiro a março, o que representa alta de 43,92% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados levantados pela Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).
O crescimento também é expressivo se a análise considerar a quantidade de empreendimentos: eles passaram de 61 em 2012, distribuídos em 70 torres, para 116, divididos em 133 prédios.
Para esta época do ano, o resultado de 2013 pode ser considerado bom, mesmo na comparação com os anos mais aquecidos do mercado. Apenas 2010, quando o Produto Interno Bruto (PIB) do País avançou 7,5%, teve um primeiro trimestre com número maior de unidades, com 6.193 imóveis.
Em relação aos três últimos meses de 2012 – como já era de se esperar, já que a tendência é de aquecimento do mercado imobiliário no decorrer do ano – , houve redução. De outubro a dezembro, 11.585 imóveis foram lançados em São Paulo, 117% a mais do que no início de 2013.
Oito em cada dez novos imóveis colocados à venda na cidade até março pertenciam a edifícios – no período, apenas 678 unidades foram registradas em condomínios horizontais pelo levantamento da Embraesp.
Os imóveis de dois dormitórios continuam sendo os mais comuns, confirmando a tendência dos últimos anos. Houve 2.459 novas unidades dessa tipologia no município. Logo em seguida, as propriedades de três dormitórios chegaram a 1.184, seguidas pelos compactos de até um dormitório, com 905, e de quatro ou mais dormitórios, com 773.
Na média, o valor do imóvel lançado na cidade de janeiro a março ficou em R$ 657.781, e o metro quadrado, em R$ 7.927. Proporcionalmente, as unidades de até um dormitório foram as mais valorizadas, com metro quadrado avaliado em R$ 10.918. No outro extremo, as unidades de dois dormitórios apresentaram metro quadrado ao custo médio de R$ 5.963.
O presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo, Claudio Bernardes, acredita que a mudança do sistema de licenciamento de projetos na Prefeitura para uma plataforma eletrônica no fim do ano passado tenha gerado o represamento de alguns lançamentos de 2012.
“Se considerarmos também o bimestre, vamos ver que as vendas em São Paulo tiveram um porcentual menor do que no ano passado (-12,7%). Mas o mercado continua forte dentro de uma certo equilíbrio. A variação de preço foi de 1,4% no período, que é de estabilidade.”
Fonte: http://blogs.estadao.com.br/
Por GUSTAVO COLTRI
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