Os sócios do Jockey Club de São Paulo aprovaram em assembleia na terça-feira a venda do prédio de sua sede social, na rua Boa Vista (região central da cidade).
Foi o primeiro sinal verde ao projeto da atual diretoria do clube, que pretende vender parte do patrimônio do Jockey para pagar dívidas e reformar as instalações do hipódromo, na zona oeste.
As dívidas chegam a R$ 390 milhões, quase 80% é relativo a IPTU atrasado.
A assembleia teve a participação de 249 sócios, dos quais apenas 18 foram contra a proposta. O clube tem cerca de 1.500 sócios.
A sede social tem nove andares, sendo oito alugados para terceiros e 440 vagas de garagem, o que rende ao clube R$ 4,5 milhões por ano.
Com a aprovação, um edital de venda será publicado no próximo mês, indicando a data para que interessados apresentem propostas.
O mercado avalia o prédio em cerca de R$ 90 milhões.
O empresário Eduardo Rocha Azevedo, presidente do Jockey desde 2011, diz que a venda não irá resolver todos os problemas do clube, mas vai permitir investimentos.
Ele também estuda vender a Chácara do Jockey (na zona oeste), usada para abrigar eventos e shows.
OPOSIÇÃO
A oposição é contra a venda dos imóveis e propõe a renegociação das dívidas.
O empresário Márcio Toledo, que já presidiu o clube, disse que após serem feitas propostas, uma nova assembleia precisa ser convocada.
"Sou contra a venda a princípio. Mas os sócios não deram um cheque em branco, até porque poderá vir uma proposta que não atende aos nossos interesses", disse.
Fonte: Folha.uol.com.br
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