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quinta-feira, 22 de março de 2012

Preço da garagem pesa no bolso do proprietário na hora da compra



Fonte: Infomoney21 de março de 2012 • 17h52Por: Welington Vital de Oliveira


SÃO PAULO - O preço de uma vaga na garagem pesa no bolso do comprador de imóveis da cidade de São Paulo, segundo pesquisa feita pela Poli/USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo).
De acordo com a pesquisa, até os anos de 1930, era praticamente zero a destinação de vagas de garagens nos edifícios da cidade. No entanto, com aumento expressivo no número de veículos com relação à população da capital paulista, os prédios começaram a apresentar uma proporção de 6,5% de área de vagas de garagem em relação à área total construída.
Essa proporção foi crescendo com o passar do anos. Em 1960, o índice era de 13%, em 1985, de 22,5%, e em 2001 atingiu seu patamar máximo, de 29,59%, estacionando em torno de 25% entre os anos de 2002 e 2010.
Apartamento sem garagensMesmo com a queda dos últimos anos na porcentagem da área destinadas às garagens, o número de edifícios sem garagens ainda é muito baixo.
Em 2010, foram lançados 1.374 edifícios sem garagens, o que representa apenas 3,7% do total ofertado naquele ano. 
O custo para adquirir um apartamento com garagem aumenta substanciamente.
“Vamos supor que um apartamento de 100 metros quadrados custe R$ 700 mil. O comprador está pagando a área privativa, as áreas comuns e mais 50 metros, em média, para o automóvel. Cerca de um terço da área total comprada é estacionamento”, explica o administrador de empresas, responsável pela pesquisa, Hamilton França Leite Junior.
Segundo Leite Junior, esse custo adicional somente será reduzido quando a cidade tiver um sistema de transporte público de qualidade.
Para ele, a manutenção do crescimento da área para estacionamento na mesma proporção registrada entre 2006 e 2010 representaria uma diferença de aproximadamente 600 mil metros quadrados de área para automóveis que poderiam deixar de ser construídas, em relação a um cenário otimista, de queda acentuada desta relação, apenas no ano de 2020. “Isso significa R$ 500 milhões que poderão ser economizados, apenas naquele ano, se houverem as condições necessárias para que a redução desta relação possa acontecer”, explica.
Bons exemplosEm cidades como São Francisco, Nova York e Londres, as áreas destinadas para os automóveis nas garagens dos edifícios é determinada por lei, de acordo com a infraestrutura viária e de transporte existente na região. Com isso, alguns edifícios têm muitas vagas e outros nenhuma.
Em São Paulo, mesmo com uma lei que regulamente esse espaço, é raro encontrar um empreendimento sem garagem.
Para Leite Junior, a solução estaria em uma revisão da lei, que atualmente determina limites mínimos, para que limitasse as áreas onde devem ser construídas as garagens, assim como ocorre em outras cidades fora do Brasil.
“Às vezes, por causa da lei, o empreendedor é obrigado a construir vagas em um local em que ele não precisaria fazê-las, como nas regiões próximas de estações de metrô. No exterior é comum modernos prédios comerciais sem vagas”, ressalta.
Medidas como essa ajudariam nas questões de trânsito da cidade, pois iria motivar as pessoas a usarem o transporte público. 

Nota do Blog: Infelizmente, As metrópoles brasileiras, em sua maior parte, estão extremamente longe dos modelos adotados em algumas cidades do exterior. Para chegarmos mais próximos, o nosso transporte público precisa melhorar. E muito!

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